Origens da Maçonaria
O desenvolvimento espiritual que se traduz na capacidade de sentirmos a voz interior, com uma intensidade e frequência cada vez maiores… é e sempre foi o que diferenciou os homens! Já alguém disse: “não há boas nem más pessoas, o que existe são pessoas mais ou menos conscientes, mais ou menos elevadas espiritualmente”
Onde surgiu a Instituição ? Na Suméria, no misterioso oriente, no Egito, em Israel ? Jamais saberemos. A maçonaria está presente ao longo da história da humanidade e em torno dela erguem-se as mais variadas lendas. Lenda é uma figura literária, também denominada ficção. No entanto, toda a lenda tem sempre um princípio de realidade. Vejamos uma das mais belas lendas sobre a Maçonaria, cuja fundamento bíblico verdadeiro, será parte do escopo da nossa análise.
Davi, rei de Israel, tencionava erigir um Templo ao Eterno e, para esse fim, acumulou imensos tesouros. Desviando-se porém dos caminhos da virtude, a glória da edificação coube ao seu filho Salomão.
“Sentiu Davi bater-lhe o coração depois de haver recenseado o povo, e disse ao Senhor: Muito pequei no que fiz; porém agora, ó Senhor, peço-te que perdoes a iniquidade do teu servo; porque procedi muito loucamente”
Salomão, pediu a seu aliado Hiram Abif, grande perito em arquitetura, a quem Salomão, conhecendo-lhe as virtudes e os talentos, confiou a direção dos obreiros, cercando-o de todas as honras que era merecedor.
Assim narra a Bíblia: “Bem sabes que Davi, meu pai, não pode edificar uma casa em nome do Senhor seu Deus, por causa das guerras com que o envolveram os seus inimigos, até que o Senhor lhos pos debaixo dos pés. Porém a mim o Senhor meu Deus me tem dado descanso de todos os lados; não há nem inimigo, nem adversidade alguma. Pelo que intento edificar uma casa ao nome do Senhor meu Deus, como falou o Senhor a Davi, meu pai dizendo: Teu filho, que porei em teu lugar no teu trono, esse edificará uma casa ao meu nome. Da ordem pois que do Líbano me cortem cedros, os meus servos estarão com os teus servos, e eu pagarei o salário destes segundo determinares; pois bem sabes que entre o meu povo não há quem saiba cortar a madeira como os sidônios."
Como os trabalhos eram intensos e os obreiros, em grande número, não tinham o mesmo preparo, Hiram, para perfeita distribuição dos serviços, dividiu-os em três classes: Aprendizes, Companheiros e Mestres, tudo de acordo com o preparo e competência de cada um.
“Formou o rei Salomão, uma leva de trabalhadores dentre todo o Israel, e se compunha de trinta mil homens. E os enviava ao Líbano alternadamente, dez mil por mês; um mês estavam no Líbano, e dois meses cada um em sua casa. Também tinha Salomão, setenta mil que levavam as cargas e oitenta mil que talhavam pedras nas masmorras, afora os chefes oficiais em número de três mil e trezendos que dirigiam a obra e davam ordens ao povo que a executava.”
Os pontos de reunião eram: para os aprendizes, a Coluna do Norte; para os companheiros, a Coluna do Sul, e para os mestres, a Câmara do Meio.
“Formou duas colunas de bronze no templo, a altura de cada era de dezoito côvados, e um fio de doze côvados era a medida de sua circunferência” .
Por época do pagamento era muito difícil o reconhecimento das funções o que causava transtorno e demora. Foram então criadas palavras-passe de modo a se evitar fraudes e facilmente identificar os estágios de mestre, companheiro e aprendiz.
Três irmãos, Jubelas, Jubelos e Jubelum combinaram arrancar de Hiram a palavra de mestre para que, muito embora sem conhecimentos precisos, pudessem freqüentar a Câmara do Meio e assim receber maiores salários. Ocuparam as portas do Sul, do Ocidente e do Oriente, por uma da quais deveria sair Hiram ao terminar as suas orações que fazia no santuário. Ao sair pela porta do Sul, Jubelas interceptando-lhe os passos, exige-lhe a palavra de mestre, ao que é negada: “Não é por este meio que a podereis receber; tende paciência e completai vosso tempo com zelo e diligência e lá chegareis. Além disso, só a recebeis em presença dos reis de Israel e de Tiro, pois jureis só revelá-la em presença de ambos.”
Raivoso com essa resposta e desejando intimidar o Mestre, Jubelas dá-lhe uma pancada com a Régua. Hiram desviando o rosto, é atingido na garganta, na tentativa de fugir da ira do seu algoz tenta a porta do Ocidente, aonde Jubelos que após intimidá-lo e receber a mesma negativa dá-lhe uma forte pancada com a ponta de um esquadro, ferindo-o no peito. Atordoado, Hiram procura sair pela porta do Oriente onde Jubelum dá-lhe com o Malho forte pancada na cabeça, prostrando-o morto.
Os três assassinos esconderam o cadáver sob os escombros; à noite retomaram o cadáver sob os escombros; à noite retomaram e transportaram o cadáver até um local a ermo, onde cavaram três fossas: a primeira para o cadáver, a segunda para as roupas e a terceira para o bastão de Hiram (na verdade um junco que trazia sempre consigo). Um ramo de acácia foi plantado sobre a tumba.
Salomão para identificar os assassinos alterou a palavra de passe e ordenou que todos os companheiros cortassem a barba, os cabelos e usassem um avental de pele branco e calçassem luvas brancas para indicar que eram inocentes pelo assassinato de Hiram. Assim os assassinos foram identificados e foram mortos com requintes de crueldade.
Torna-se extremamente difícil separar a origem histórica da lendária e a inclinação, por conter o mistério que é de grande atração, é o de dar foros de certeza e verdade à lenda.